domingo, 26 de junho de 2011

Artigo de opinião sobre o livro "Por uma vida melhor".

Pudemos observar que desde o dia 12 de maio de 2011, a mídia esta veiculando notícias sobre o livro " Por uma vida melhor" aprovado e distribuído pelo MEC. A questão é que a mídia esta mostrando o livro como algo ruim, estão fornecendo informações imprecisas, omitindo fatos, ou seja, mostrando apenas um lado da história, o que causou uma repercussão ainda maior, pois a maior parte da população se deixa levar pela mídia, os linguístas são alvos de críticas, ou autores do livro também, o MEC está sendo atingido e os gramáticos não aceitam o livro, Pasquale é um dos gramáticas que ficou irritadíssimo com o livro.   
  Ao falar sobre o livro, alguns veículos de comunicação não explicaram que o livro foi escrito por professores com experiência em educação de jovens e adultos e que o livro é destinado apenas para o EJA - Educação de jovens e adultos, onde é preciso levar em conta tudo que o aluno já aprendeu e incentivá-lo a adquirir novos conhecimentos. Os alunos do EJA são alunos que possuem uma idade avançada e não completaram ainda os estudos, são pessoas que não possuem tempo para estudar e muitos pertencem a classe baixa, para incentivar esses alunos, os professores perceberam que se o aluno perceber a diferença entre a norma padrão e as variedades aprendidas por eles, poderão usá-las de maneira mais adequada, para isso eles têm que aprender que o que eles falam não é "errado", só é mais uma forma de se falar. E mostrar também que nós temos a norma padrão, que é um modo de falar, cheio de normas e que é a forma de prestígio diante a sociedade.
  Outra coisa que não foi dita é que o livro possui um capítulo com o título "Escrever é diferente de falar", o capítulo mostra as diferenças entre a norma culta e as variantes populares. Os autores não ensinam o aluno a falar errado, muito pelo contrário o livro ensina a linguagem formal. No capítulo mencionado, os autores apresentam trechos inadequados à norma culta para que o aluno adeque a norma padrão. Como podemos observar o livro não "despreza" a gramáticas, nem ensina a "falar ou escrever errado". O livro esta de acordo com o proposto nos parâmetros Curriculares Nacionais para a língua portuguesa , publicado em 1997. 
  O fato é que os críticos não tiveram se quer o cuidado de analisar o livro e alguns se quer leram o livro, só sabiam algumas frases do livro. Não ouve defesa de que a norma culta não fosse ensinada, muito pelo contrário, entende-se que esse é o papel da escola, garantir o domínio da norma culta. Afinal, esta não é a única razão para haver uma disciplina que ensina a língua portuguesa a falantes nativos de português? 
Postado por: Ádila Taynah

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