segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fórum de discussão sobre os temas abordados no nosso blog.

Neste fórum vamos re-lembrar algumas coisas e discutir sobre o que aprendemos durante todos esses dias sobre a língua portuguesa. 

Ádila : Emanuele o que você aprendeu com esse trabalho?

Emanuele: Aprendi que no Brasil, as pessoas que falam português, não falam do mesmo modo. Há cariocas, que falam"chiando", há paulistas que falam com um "rrrrrr", chamado retroflexo, há os cearense, que acham que não cantam, mas cantam sim. há também os baianos que não têm presa para falar.

Sarah: Sem contar que no Brasil, não há só o português, há inúmeras línguas indígenas e imigrantes: japoneses,coreanos,italianos,alemães, entre outros, eles contribuem para a diversidade que nosso país possui.    

Ádila: Meninas, vocês acham que há uma maneira certa e outra errada de se falar?

Emanuele: Como aprendemos, não há uma maneira correta ou errada de se falar, há apenas variedades linguísticas, cada forma de falar tem sua importância na sociedade. Porém há uma norma padrão, aquela que é cobrada em livros, nas escolas, aquela que possui prestígio social.
 
Sarah: Muitas pessoas ridicularizam outras pela forma que elas falam, seja pela falta de concordância, seja pelas pronúncias inadequadas, ou por esta pessoa se de outro estado. Por exemplo os  muitos paulistas possuem uma certa aversão aos cearenses, ou melhor as pessoas do nordeste.

Ádila: É verdade. Nas novelas por exemplo, baiano, cearense, pernambucano, sergipano, falam tudo da mesma forma, são sempre o motivo de riso, são vistos como figuras engaçadas, que falam"errado", "arrastando a voz ", o que está errado.

Ádila: Falando em "certo" e " errado" no modo de se falar, nos faz lembrar da polêmica do livro "Por uma vida melhor", que desde o dia 12 de maio de 2011 está sendo muito debatido. Pergunto-lhes vocês são a favor ou contra o livro e por quê? 
 
Emanuele: Eu sou a favor,pois diferente do que a mídia  veicula, o livro não ensina o aluno a falar errado, ou a "desprezar" a norma padrão. Pelo contrário o livro segue a norma padrão, o que acontece é que há no livro um capítulo com o título " Escrever é diferente de falar".  A polêmica foi por causa das frases como por exemplo: Nós pega o peixe. A autora disse que podemos falar assim, mas ela explica que temos que ter cuidado para não sofremos preconceito linguístico, pois aquela forma, não é a forma de prestígio. 

Sarah: Também sou a favor, e no livro há questões onde à frases não estão de acordo com a norma culta e a autora pede para que o aluno passe as frases para a norma padrão. Então como podemos observar, o livro em momento algum ensina a falar"errado" e sim mostra as várias formas de se falar, alertando sobre as consequências de usá-las em determinados momentos.

Ádila: Lembram-se o qual a diferença entre norma culta, padrão e popular?

Emanuele: Lembro, norma padrão é aquela ensinada pela escola,aquela que está na gramática, é a que esta nos livros. As pessoas mesmo que com um elevado grau de escolaridade,não falam a norma culta, pois para isso precisariam saber toda a gramática, além de saber usar corretamente todas as regras, e ainda assim não falariam a norma padrão.

Sarah: A norma culta é aquela usada pelas pessoas que possuem grau de escolaridade(graduação), que sabem as normas da gramáticas, têm um maior domínio sobre a língua. E a popular: é aquela usada pela a maior parte da população, que não segue as normas, que possue gírias, expressões,ditados populares entre outras.

 
Ádila : O que vocês acharam dos vídeos? Das músicas, das comparações?

Emanuelle: Achei  muito interessante, há vídeos que mostram os diferentes falares do Brasil, há músicas como asa branca, poemas, palavras que são ditas em cada estado. Nosso Blog mostra a diversidade do nosso país, quantas coisas passam por nós e nós nem percebemos, modos de falar, letras de músicas, palavras, gírias, preconceito linguístico, entre outras coisas.

Sarah: Graças ao Blog, pudemos aprender muito mais sobre nossa língua, nossa cultura, e aprendemos a valorizar mais língua. Viva a diversidade, que todos aprendam a respeitar o modo de falar do outro, os sotaques, as músicas, a cultura, pois quando desvalorizamos o modo que uma pessoa fala, acabamos desvalorizamos a pessoa que fala aquela língua.   


Espero que todos tenham gostado do nosso Blog.
Obrigado pelas visitas, pelos comentários e dicas.
Postado por:Ádila Taynah

A língua que moldou ao português brasileiro!



A língua portuguesa ganhou um colorido especial por causa do contacto com o tupi e se distanciou muito do português falado em Portugal. O tupi também sofreu influência do português e as palavras se tornaram mais simples, desaparecendo muitos sons guturais e nasais. A língua de contato entre o colonizador e os povos indígenas do litoral é o tupi mais precisamente o dialeto tupinambá.

Os jesuítas estudam a língua, traduzem orações cristãs para a catequese e ela se estabelece como língua geral, ao lado do português. Na metade do século XVIII (1757), o tupi tem sua utilização e o ensino proibidos pelo Marquês de Pombal. Nessa época, o português se fortalece com a chegada de grande número de pessoas de Portugal. Com a expulsão dos jesuítas do país (1759), o português fixa-se definitivamente como o idioma do Brasil.

Da língua indígena, o português incorpora principalmente palavras referentes à flora (abacaxi, buriti, carnaúba, mandacaru, mandioca, sapé, taquara, peroba, imbuia, jacarandá, ipê, cipó, pitanga, maracujá, jabuticaba, caju), à fauna (capivara, quati, tatu, sagüi, caninana, sucuri, piranha, araponga, urubu, curió, sabiá), a nomes geográficos (Aracaju, Guanabara, Tijuca, Niterói, Pindamonhangaba, Itapeva) e a nomes próprios (Jurandir, Ubirajara, Maíra).

A primeira vez que se tentou ensinar o tupi no nosso país foi em 1840. Em agosto de 1840 que o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen propôs, depois de longas conversas sábias e justas, que se pedisse com urgência ao Governo do Império a criação de cadeiras de língua tupi. O Governo Imperial não ouviu, não atendeu, não criou...

Em 1933 João Ribeiro fez outra tentativa. Ninguém o ouviu...

Estima-se entre 150 e 180 o número de línguas indígenas faladas hoje no Brasil. Durante o período colonial, a língua mais importante era o tupi-guarani, que apresentava duas variantes _ o tupi antigo e o tupinambá _ faladas na região que ia do atual Estado de São Paulo ao Estado do Maranhão.

          postado por: Sarah Mayara

domingo, 26 de junho de 2011

Artigo de opinião sobre o livro "Por uma vida melhor".

Pudemos observar que desde o dia 12 de maio de 2011, a mídia esta veiculando notícias sobre o livro " Por uma vida melhor" aprovado e distribuído pelo MEC. A questão é que a mídia esta mostrando o livro como algo ruim, estão fornecendo informações imprecisas, omitindo fatos, ou seja, mostrando apenas um lado da história, o que causou uma repercussão ainda maior, pois a maior parte da população se deixa levar pela mídia, os linguístas são alvos de críticas, ou autores do livro também, o MEC está sendo atingido e os gramáticos não aceitam o livro, Pasquale é um dos gramáticas que ficou irritadíssimo com o livro.   
  Ao falar sobre o livro, alguns veículos de comunicação não explicaram que o livro foi escrito por professores com experiência em educação de jovens e adultos e que o livro é destinado apenas para o EJA - Educação de jovens e adultos, onde é preciso levar em conta tudo que o aluno já aprendeu e incentivá-lo a adquirir novos conhecimentos. Os alunos do EJA são alunos que possuem uma idade avançada e não completaram ainda os estudos, são pessoas que não possuem tempo para estudar e muitos pertencem a classe baixa, para incentivar esses alunos, os professores perceberam que se o aluno perceber a diferença entre a norma padrão e as variedades aprendidas por eles, poderão usá-las de maneira mais adequada, para isso eles têm que aprender que o que eles falam não é "errado", só é mais uma forma de se falar. E mostrar também que nós temos a norma padrão, que é um modo de falar, cheio de normas e que é a forma de prestígio diante a sociedade.
  Outra coisa que não foi dita é que o livro possui um capítulo com o título "Escrever é diferente de falar", o capítulo mostra as diferenças entre a norma culta e as variantes populares. Os autores não ensinam o aluno a falar errado, muito pelo contrário o livro ensina a linguagem formal. No capítulo mencionado, os autores apresentam trechos inadequados à norma culta para que o aluno adeque a norma padrão. Como podemos observar o livro não "despreza" a gramáticas, nem ensina a "falar ou escrever errado". O livro esta de acordo com o proposto nos parâmetros Curriculares Nacionais para a língua portuguesa , publicado em 1997. 
  O fato é que os críticos não tiveram se quer o cuidado de analisar o livro e alguns se quer leram o livro, só sabiam algumas frases do livro. Não ouve defesa de que a norma culta não fosse ensinada, muito pelo contrário, entende-se que esse é o papel da escola, garantir o domínio da norma culta. Afinal, esta não é a única razão para haver uma disciplina que ensina a língua portuguesa a falantes nativos de português? 
Postado por: Ádila Taynah

Resumo do livro: a norma oculta de Marcos Bagno

  
   Neste livro o autor expressa claramente sua indignação  para com os jornalistas e outros que tem preconceito linguístico por que, segundo ele, não se trata de uma questão linguística e, sim, social, e assim ele dá vários exemplos de que isso é uma realidade, levantando questões como: o que é norma culta? De onde surgiu? Quais fatos históricos deram origem? E etc.Ele acha inadmissível o fato das pessoas terem como inspiração, a literatura brasileira, que em sua maioria, tem séculos de existência, sempre retomando que é uma questão de classe social de uma sociedade que foi colonizada, refletindo até hoje, pois a forma de falar valorizada é sempre a das classes dominantes.
                                 postado por: Sarah Mayara